Monday, July 30, 2007

Saharienne

Todos aqueles silencios eram falta de pratica. De enfase. De teimosia incontida, repetida, sob o sol, na calçada. A cada dia eu acordava mais tarde. Ela seguia, do outro lado da mouraria, do outro lado da cidade, antes do mar.  Aqui apenas uma saudade. E uma musica. E uma foto junto a uma fonte.

Tanto sol que rebrilhava até nos ladrilhos escurecidos pela fumaca dos carros. Tanto sol que o cheiro das coisas se multiplicava, invadindo os sentidos, saindo de esgotos, de cantos de jardim ressecados, do verde intenso das folhas.

Um cheiro de café chegava do vizinho em baixo. Almofadas pelo chão. Um dia talvez nos reencontramos, saharienne. Numa rua ou em meu sonho, você sorrindo debaixo daquele azul de mar em dia de sol.

Até lá me restam as janelas que trazem você em surpresas, do outro lado da rua. Do outro lado, você sabe, Saharienne, do mar.

Monday, February 7, 2005

Young bricks

have seen centuries go by around mules, slaves,
knives on pockets, solidões. Minas Gerais, namelessly.

Friday, January 31, 2003

Jumping

California. Agadez. Impossible deserts. 
She played sax for a very long time, before leaving for good.
He knew they had made love that night and yet all he remembered was the taste of alcohol and cigarettes in his mouth. Not much of her scent, words or how her eyes looked when they looked at him remained. It felt like raining and cold inside that small space while nearby pastures running dry and the cattle thinning out and all that there was to protect the young from coyotes was barbed wire.

Sunday, February 10, 2002