[Onde vai dar? De onde traz? "Um milharal apertado no quintal da casa," ele disse. O terreno onde Janaína viu tantas vezes, descampado, o cachorro Pero Vaz dançando no terreiro, desenterrando tatu, comendo as pitangas que caíam em Abril. O muro ainda baixo dava a cara para o largo onde as mulas desacansavam.
O muro baixo construído por um bisavô que comandou, na cidade, o destacamento de polícia, caçou escravos fujões, transportou carne seca e sal até Minas Gerais, traficou diamantes, e colocou a pedra primeira da matriz do largo novo, cuja porta da frente podia ver da janela da sua sala.
Pero Vaz Já se foi, a tempos. E também Janaína. Ficaram a porta fechada, as janelas olhando o capim crescendo, o muro recoberto por novas pedras, outras telhas, e escondendo do lado de cá, a visão do largo de paragen de arreiros, transformado em rua, calçada, retocada, como as frentes de igrejas matrizes devem ser.]
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